domingo, 31 de agosto de 2008

Maré.

Quando vinhas, sonhávamos.
Quando ias, o pesadelo.

Quando vinhas, gargalhávamos.
Quando ias, o pranto.

Quando vinhas, adormecíamos.
Quando ias, a vigília.

Quando vinhas, gotejávamos.
Quando ias, a aridez.

Quando vinhas, saciávamos.
Quando ias, a fome.

Quando vinhas, iluminávamos.
Quando ias, a escuridão.

Qual maré, a vida era de vindas e idas.
Agora, uma placidez de lago me cala fundo.