A gota d’água veio sobre a forma de uma romântica pergunta, comum a diversos casais que evoluem da paixão desenfreada para o amor incipiente. Lânguidos, na cama, ELE arriscou: o amor está no coração ou na cabeça? Os amantes não eruditos escolhem a melhor forma de impressionar o ser amado e derivam por respostas melosas como – no coração o qual arrancaria do peito e te daria como prova do meu amor ou na cabeça, pois a perdi quando te encontrei. Isto os amantes não eruditos.
ELA, espantada com enunciado da questão não conseguiu nem permanecer deitada de tanta emoção. ELE havia tocado no ponto crucial da sua carreira – na linha mestra a qual queria dedicar a sua vida de pesquisadora. O que é e onde se encontra o amor? Assumindo uma postura de palestrante, ELA iniciou a decodificação da sua teoria – o amor como única manifestação cinco da percepção fernesiana. Depois das primeiras frases, ainda receosas, ELA parecia transtornada. A seqüência de explicações era entrecortada apenas pela respiração sôfrega.
ELE não acreditava no que estava presenciando. A transformação fora monstruosa. Será que cabia toda aquela pompa e circunstância para uma pergunta tão simplezinha? Ainda mais numa questão tão banal – era claro que, aquilo que chamavam de amor, nada mais era do que a quebra das conexões do putamen. O afastamento eqüitativo, baseado na desproporcionalidade empírica do giro cíngulo, permitia a remodelação instantânea da atitude afetiva. As conexões com áreas inferiores distorciam as percepções visuais, olfativas e de tato dirigindo o foco, exclusivamente, para a pessoa amada. Este processo não modificava totalmente a consciência dos elementos, mas diminuía a sensação causada por ela. Para os amantes, as outras pessoas não passavam a ser, propriamente, feias apenas deixavam de ser desejadas como objeto. Os desejos passavam a ser dirigidos para qualidades ou mesmo para os defeitos da pessoa amada. Um bloqueio seletivo de vias. Simples, assim.
Desta vez o embate prometia. Não havia nenhum ponto de concordância entre eles. Não nesta questão. A questão da sede do amor suplantara o próprio.
ELA, espantada com enunciado da questão não conseguiu nem permanecer deitada de tanta emoção. ELE havia tocado no ponto crucial da sua carreira – na linha mestra a qual queria dedicar a sua vida de pesquisadora. O que é e onde se encontra o amor? Assumindo uma postura de palestrante, ELA iniciou a decodificação da sua teoria – o amor como única manifestação cinco da percepção fernesiana. Depois das primeiras frases, ainda receosas, ELA parecia transtornada. A seqüência de explicações era entrecortada apenas pela respiração sôfrega.
ELE não acreditava no que estava presenciando. A transformação fora monstruosa. Será que cabia toda aquela pompa e circunstância para uma pergunta tão simplezinha? Ainda mais numa questão tão banal – era claro que, aquilo que chamavam de amor, nada mais era do que a quebra das conexões do putamen. O afastamento eqüitativo, baseado na desproporcionalidade empírica do giro cíngulo, permitia a remodelação instantânea da atitude afetiva. As conexões com áreas inferiores distorciam as percepções visuais, olfativas e de tato dirigindo o foco, exclusivamente, para a pessoa amada. Este processo não modificava totalmente a consciência dos elementos, mas diminuía a sensação causada por ela. Para os amantes, as outras pessoas não passavam a ser, propriamente, feias apenas deixavam de ser desejadas como objeto. Os desejos passavam a ser dirigidos para qualidades ou mesmo para os defeitos da pessoa amada. Um bloqueio seletivo de vias. Simples, assim.
Desta vez o embate prometia. Não havia nenhum ponto de concordância entre eles. Não nesta questão. A questão da sede do amor suplantara o próprio.
2 comentários:
Até onde vai sua imaginação. Vamos aguardar.
O que você faz para ter estes devaneios, seja lá o que for é muito bom e dá grandes resultados.
Ainda bem que agora tem tres blogs,assim diminui a concorrencia!Querubina "roubou a do Guris e eu deixei para o velho"mimo nos Tres Marias.Um beijo e boa semana!
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